quarta-feira, 2 de junho de 2010

E ponto final.


Cansei
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O verbo cansar refere-se, entre outras coisas, a : aborrecer, parar, deixar, aborrecer-se, enfadar-se.
Hoje o meu cansaço foi imenso, a minha raiva foi absurda e eu simplesmente prefiro me desligar de casos e acasos terrivelmente exaustivos. É cansativo falar quando não se escuta, repetir outra, e outra, e outras tantas vezes e perceber que efeito nenhum surte nessa nossa vã repetição. Cansei!
Já gritei, já chorei, já pensei e já resolvi. Cansei!
Cansei da infantilidade, do agir sem pensar, da inconsequencia, da omissão, da vadiagem, da molecagem extrema. É ridiculo, lamentável e irremedável! Cansei!

"Confesso! Às vezes tenho vontade de sair por ai destruindo corações, pisando em sentimentos alheios ou sei lá, alguma coisa que me faça realmente merecer esse meu sofrimento no amor. "
Caio Fernando Abreu

terça-feira, 18 de maio de 2010

Lições


"Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas.
Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim,
de ser melhor para mim e para os outros.
De não morrer, de não sufocar,
de continuar sentindo encantamento por
alguma outra pessoa que o futuro trará,
porque sempre traz, e então
não repetir nenhum comportamento.
Ser novo."

Caio Fernando Abreu

Ps.: Sem pressa, mas em aguardo.

domingo, 16 de maio de 2010

A cara do meu carinho



A cara do meu carinho tem a tez branquinha. Na cara do meu carinho tem um sinal, uma marca que marca um charme, um detalhe com capricho. A cara do meu carinho se alarga com as entradas que tem na testa, que ele disfarça com o pentear antes de sair. A cara do meu carinho tem sombrancelhas arqueadas, e se pudessem se juntar formariam os convexos de um coração. A cara do meu carinho tem olhos apertados como uma espécie de virgula, mas com um olhar forte e marcante. A cara do meu carinho tem um nariz pontudo e grande, mas em perfeita harmonia com o resto do rosto. A cara do meu carinho tem pêlos grossos que compõe uma barba colorida pintada de fios pretos, castanhos, vermelhos, loiros e brancos. A cara do meu carinho a boca larga, de lábios carnudos e macios, rosados, adocecados e viciantes, deles brotam o mais delicado beijo e despertam as mais deliciosas emoções. Quem dera esse lábios fossem, agora, diante de tudo, só meus.

Ana Angélica

Musicaa: Paulo Diniz - Como?

sábado, 15 de maio de 2010

Rumos


Disseram-me certa vez que é perigoso correr riscos. Mas penso bem cá comigo... correr riscos é sinonimo de aventura e as aventuras dão um "tchan" a vida. Aquela sensação gostosa do perigo, aquela dúvida de querer saber se está se fazendo a coisa certa! É um pouco tempo que decide o tempo todo vindouro, é a palavra dita que não tem volta, é a decisão de um futuro, que até pouco tempo era presente e hoje é um passado gostoso, tenso, seguro, alegre, choroso, raivoso e muito, muito, mas muito cheio de amor!
Eu tô na beira de um penhasco, pendurada por aquelas cordas de rapel. Mas tenho amarrado em mim uma corda meio frouxa agora. Eu pulo? Me jogo? Eu me permito sentir a liberdade de me sentir viva, mesmo estando presa à essa corda?
Eu pulei! E tenho pelo menos 4 meses pra saber se a corda arrebenta!

“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da
gente é coragem!”.
João Guimarães Rosa


Música: Engenheiros do Hawaii - Faz Parte

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Por fim...

Tenho tido dias e noites dificeis. Se bem que as noites são sempre mais complicadas. Tenho fugido da cama, daquele instante antes do sono chegar, aquele minuto que a casa toda fica muda e meus pensamentos gritam, berram, soltam a voz e me apertam o coração. Até onde ir sem querer voltar? Eu resolvi simplesmente ir...

"Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito.
Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia.Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais."


Ps.: Citar Caio Fernando Abreu vai ser uma constância.